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Indústria do Amanhã - Março

  • Foto do escritor: Gabriela Duarte
    Gabriela Duarte
  • 26 de mai.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 5 de jun.


Março de 2025 - Por Gabriela Duarte
Março de 2025 - Por Gabriela Duarte

[reflexões industriais]

Wokeismo: Ideologia ou Reflexo das Mudanças Sociais? 

O que é "wokeismo" e por que estamos falando tanto disso? 

 

A expressão “wokeismo” nasce a partir de uma consciência global sobre injustiças com grupos minoritários. Porém, no cenário recente, alguns grupos ressignificaram a discussão acerca do tema, transformando-o em um símbolo marcado por supostos abusos progressistas. Hoje, “wokeismo” se torna um dos principais pontos de discussão da guerra cultural global.

 

Como as políticas de diversidade entram nessa discussão? 

 

Ao encontrarem em um representante seus ideais, as pessoas tendem a concordar politicamente com as ações desse indivíduo. Assim, desde a eleição de Donald Trump, em 2016, uma reviravolta na política dos Estados Unidos fortaleceu movimentos conservadores ao redor do mundo. Agora, já em 2025, o presidente da potência mundial inicia seu segundo mandato com ainda mais veemência nessa questão, consolidando práticas meritocráticas em resposta a um cenário amplamente marcado pelas questões sociais.

Mas, para além do cenário político, o tema reverbera especialmente nas decisões empresariais. Assim, organizações privadas como a Meta, Amazon, Target, Walmart e McDonald´s anunciaram modificações ou encerramento de políticas de diversidade. A Meta, responsável por grandes redes sociais, como Facebook, Instagram e Whatsapp explicou em um memorando interno: "O cenário jurídico e político em torno dos esforços de diversidade, equidade e inclusão nos Estados Unidos está mudando". 

A ascensão de opiniões conservadoras em contraponto com as políticas de diversidade gera uma divisão de opiniões e posicionamentos, possibilitando diversas discussões acerca das duas faces do assunto.

 

O que isso significa para a indústria e para nós?

 

Independente das proporções que a discussão toma, a diversidade e a inclusão são, atualmente, temáticas irreversíveis na indústria. Os grupos empresariais que optam por não aderirem a essa transformação, acabam ficando para trás em relação aos que adotam essas práticas. Um estudo da Harvard Business Review revelou que empresas com maior diversidade têm 19% mais receita de inovação do que aquelas com menor diversidade. Esse dado reforça que essa discussão não apenas importa, mas segue essencial para o futuro das corporações. O que nos resta para reflexão é se de fato o “wokeismo” é um inimigo ou um termo que gera resistências ao cenário de transformação do mundo moderno.

 

O futuro: para onde vamos?

 

É esperado que dentro dos próximos anos essa discussão se intensifique, especialmente quando levamos em consideração a polarização das ideias sobre o tema. Com a presença das novas gerações no mercado de trabalho, veremos ainda mais valores sendo ou não considerados como importantes. Embora a questão não se trate apenas da soberania da diversidade, ela envolve também a sua adaptação e evolução no cenário político e econômico atual, que, apesar de incerto, não apresenta sinais de apagamento do avanço conquistado nos últimos anos. A conscientização obtida sobre diversidade e inclusão não desparecerá facilmente, mesmo diante das transformações futuras.

[carreiras inspiradoras na indústria]

Adriana Belmiro Silva: Liderança que transforma pessoas e organizações 


Foto: Acervo pessoal de Adriana Belmiro
Foto: Acervo pessoal de Adriana Belmiro

Adriana Belmiro Silva começou a sua carreira na indústria como estagiária na Schmersal, tornando-se, posteriormente, gerente de marketing na empresa alemã. Ela é filha de pais nordestinos, mas cresceu na Zona Sul paulistana. Ainda na infância demonstrou uma familiaridade especial com matemática, característica que a fez optar por engenharia, mesmo com um teste vocacional da sua adolescência afirmando uma aptidão para as ciências humanas.

Entre os diversos desafios de sua carreira que moldaram a sua trajetória, Adriana ingressou na ebm-papst na área de vendas, onde se tornou Country Manager aos 35 anos. Ela relata que sempre teve como valores pessoais o esforço e a humildade, enxergando isso como seu diferencial para alcançar seus objetivos. Essas características levaram Adriana a se especializar também em gestão e finanças, ampliando suas possibilidades de atuação.

Com uma experiência de mais de 30 anos no setor industrial, atualmente ocupa o cargo de CEO na Vulkan, empresa de tecnologia de transmissão de potência industrial. Embora a engenharia tenha sido a sua opção no âmbito acadêmico, ela reconhece que a sua vocação está nas relações humanas: "A engenharia realmente ficou para trás, mas eu sou muito grata. A engenharia está no meu DNA, abriu portas para mim, mas o que eu gosto mesmo é de gente”. Três pilares essenciais baseiam a sua visão de gestão: comunicação clara, conhecimento e indicadores estratégicos. Adriana afirma que o maior patrimônio de uma organização está nas pessoas. A sua trajetória indica um caminho de aprendizado contínuo, coragem e determinação na indústria.

 


 
 
 

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