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Indústria do Amanhã - Fevereiro

  • Foto do escritor: Gabriela Duarte
    Gabriela Duarte
  • 22 de mai.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 5 de jun.


Fevereiro de 2025 - Por Gabriela Duarte
Fevereiro de 2025 - Por Gabriela Duarte

[reflexões industriais]

Por que pessoas são a maior inovação da indústria?


Imagine uma fábrica ultramoderna, cheia de robôs ágeis, inteligência artificial refinando processos. Agora, tire as pessoas da equação. O que sobra? Apenas um monte de equipamentos sem direção. Ao final do dia, as máquinas podem até exercer um papel fundamental, mas a inteligência por trás delas nunca deixou de ser humana.

Afinal, são as pessoas que fazem perguntas estratégicas, que desafiam o status quo e tomam as decisões cruciais. Sem um time preparado e motivado, qualquer tecnologia é apenas uma ferramenta sem propósito.


Isso te parece óbvio?


Parece claro que a essência de todo processo produtivo está nas pessoas. Porém, nas turbulências e no ritmo acelerado do dia a dia industrial, será que estamos dedicando a elas tanta atenção quanto damos à tecnologia? Estamos criando intencionalmente espaços seguros, diversos e colaborativos para o desenvolvimento humano ou apenas esperando que as pessoas se moldem às condições já estabelecidas?

Cada peça do sistema produtivo surge através de esforços individuais e coletivos, resultando em inovação e melhoria expandida dos processos. Quando cultivamos um ambiente onde todos se sintam valorizados e incentivamos a troca entre diferentes perspectivas, ampliamos a capacidade de questionar padrões e encontrar soluções mais eficientes. Assim, além de uma questão social, a diversidade e a inclusão tornam-se estratégias essenciais na Indústria 4.0 para fomentar inovação e resolver desafios complexos.


Como a diversidade traz resultados?


Um estudo do Instituto Identidades do Brasil mostra que um aumento de 10% na diversidade étnico-racial eleva a produtividade das empresas em quase 4%, enquanto a diversidade de gênero gera um crescimento de 5%.

Além da presença de diversidade na base e no meio da pirâmide, é importante a representatividade também em cadeiras de alto nível. De acordo com a McKinsey, empresas com maior diversidade de gênero em suas equipes executivas têm 21% mais chances de alcançar uma lucratividade acima da média.

Esses resultados não são coincidência. Ambientes diversos trazem perspectivas diferentes, resultando em soluções mais inovadoras e adaptáveis ao mercado. Se queremos fábricas mais inteligentes, precisamos de times que pensem de forma diferente do padrão para trazer novas soluções para velhos problemas.

Isso fortalece a capacidade da empresa em se conectar com uma base de clientes mais ampla e se posicionar melhor no cenário competitivo da digitalização, alcançando, assim, melhores resultados financeiros.


O futuro da indústria é humano


Se aprendemos algo com a história, é que o trabalho sempre evoluiu. O manual tornou-se mecânico, que depois se digitalizou. Mas uma coisa nunca mudou: a capacidade humana de se reinventar e criar soluções para desafios cada vez mais complexos.

Enquanto as máquinas assumem tarefas repetitivas, mas a criatividade, a liderança e a inteligência emocional continuam sendo habilidades exclusivamente nossas. A grande inovação da indústria não está apenas no que construímos, mas em quem está por trás dessas construções.


[carreiras inspiradoras na indústria]

Renate: Da Linha de Produção à Liderança na Indústria 4.0

Foto: Acervo Pessoal de Renate Fuchs
Foto: Acervo Pessoal de Renate Fuchs

Renate Fuchs iniciou sua carreira na indústria como operadora de montagem de caixas de câmbio na ZF Group, na Alemanha, enquanto ainda estudava Engenharia de Produção. Nascida no Brasil, residiu no território até os seus 15 anos, quando se mudou para o país natal de seu pai: a Alemanha. Sua experiência no chão de fábrica despertou sua paixão pela indústria e inovação.

Com 16 anos de carreira em consultoria industrial, Renate acumulou vasta experiência internacional, vivendo na Alemanha, Vietnã e Espanha, e liderando projetos na América do Sul, América do Norte e Europa. Especialista em transformação digital, ela conduziu mais de 100 projetos em setores como automotivo, bens de consumo, construção de cruzeiros e equipamentos industriais.

Atualmente, Renate é Diretora Executiva de Industry X da Accenture e Vice-Presidente da VDI-Brasil, sendo a primeira mulher a ocupar esse cargo. Além disso, é idealizadora do projeto Industry4Her, que capacita mulheres em liderança e inovação, promovendo a diversidade no setor industrial. Sua trajetória é um exemplo de determinação e da importância de mulheres em cargos de liderança na indústria, contribuindo para um ambiente mais diverso e dinâmico.

 
 
 

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